Consumo Consciente

Sabia que 85% das pessoas mantém roupas que não usam mais? Tendemos a acumular peças de roupa seja por valor sentimental, por achar que vão voltar a servir no futuro ou para aquela ocasião especial que nunca chega. No entanto, é possível descomplicar o armário e dar uma vida nova às roupas acumuladas.
Achei o infográfico acima no blog Sernaiotto que ilustra um ciclo inteligente que ajuda a determinar o que deve ser doado, mantido ou jogado fora, tudo em prol do consumo consciente das nossas roupas.
Falar que o aumento do poder aquisitivo da população leva ao aumento do consumo chega a ser redundante. Mas o que pouco se fala é do resultado disso: o consumismo.
Consumo e consumismo são termos que soam parecidos, mas possuem significados bem diferentes: enquanto consumo é uma atividade vital para fazer a economia girar e suprir nossas necessidades do dia-a-dia, consumismo se associa ao hábito de comprar bens supérfluos impulsionados por um desejo sem que haja uma necessidade real.
A sociedade contemporânea nos estimula a consumirmos cada vez mais, iludindo-nos com a ideia de que, através da aquisição de bens, nos sentiremos mais felizes e realizados. Doce ilusão.
Segundo o arquiteto e designer canadense Graham Hill, os norte-americanos possuem hoje três vezes mais espaço do que possuíam 50 anos atrás. Ainda assim, o mercado de “armazenamento pessoal” não para de crescer no país e já movimenta 22 bilhões de dólares por ano. O resultado desse acúmulo cada vez maior de pertences leva a mais dívidas no cartão de crédito, aumento da pegada ecológica e mais estresse.
Hill então sugere uma nova maneira de fazer com que o menos, na verdade, signifique mais. Sabe como? Através do desapego! Ele questiona sobre nossas vidas enquanto morávamos numa moradia estudantil durante a universidade, ou durante viagens, onde passamos por experiências em campings ou albergues com quartos compartilhados, dizendo que estas experiências nos trouxeram um pouco mais de liberdade, tempo e tranquilidade.
Então, para que acumular tanto?
Porque não pensar no outro?
Porque não ser solidário?

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